19/04/2020

O Silmarillion: Quenta Silmarillion - Aulë e Yavanna (2)


Neste capitulo do Silmarillion veremos sobre a origem dos Anões e dos Ents. Estes dois Valar, Aulë e Yavanna, são importantissimos na participação e compreensão destas criações.


Aulë desejava ter aprendizes para que fosse possivel ensinar suas habilidades e seus conhecimentos a eles, sua ansiedade pela vinda dos Filhos de Ilúvatar fora tão grande que ele não conseguiu esperar a chegada deles.
Aulë foi quem criou os anões, exatamente da forma como conhecemos, pois as formas dos Filhos de Ilúvatar não eram nítidas em sua mente e, como o poder de Melkor ainda dominava Arda, Aulë desejou que esta nova raça fosse forte e obstinada.
Porém, temendo que os outros Valar pudessem condenar sua obra, Aulë trabalhou em segredo; Ele criou primeiro os Sete Pais dos Anões num palácio sob as montanhas na Terra-Média, e começou a lhes ensinar a lingua que havia inventando para eles.

Porém, Ilúvatar sabia o que Aulë havia feito e lhe disse:
Por que fizeste isso? Por que tentaste algo que sabes estar fora de teu poder e de tua autoridade? Pois tens de mim como dom apenas tua própria existência e nada mais. E, portanto, as criaturas de tua mão e de tua mente poderão viver apenas através dessa existência, movendo-se quando tu pensares em movê-las e ficando ociosas se teu pensamento estiver voltado para outra coisa. É esse teu desejo?
Aulë se arrepende e reflete sobre sua imprudência. Ele explica para Ilúvatar que, apenas procurou, assim como seu Pai Eru, preencher a Terra-Média com vida e inteligência, visto que havia tanto espaço em Arda.
Aulë oferece para Ilúvatar o sacrifio de sua criação, porém imenda: "Faze com elas o que quiseres. Mas não seria melhor eu mesmo destruir o produto de minha presunção?"

O Vala apanha um enorme martelo para esmagar os anões enquanto chora...


Enquanto os anões amedrontados clamavam piedosos, Ilúvatar diz a Aulë:
 - Tua oferta aceitei enquanto ela estava sendo feita. Não percebes que essas criaturas têm agora vida própria e falam com suas próprias vozes? Caso contrário, elas não teriam procurado fugir do golpe, nem a qualquer comando de tua vontade.
Aulë rapidamente larga o martelo e pede para que Ilúvatar corrija as falhas de sua própria criação. Porém, ele rebate, dizendo que não irá corrigir a obra de Aulë. Como fora o Vala que fizera, assim ela será. Ilúvatar deixa claro que nao irá tolerar que estes seres cheguem antes dos seus Filhos, e nem que o fruto da impaciencia de Aulë seja premiada.

Portanto, por ordem de Ilúvatar, os anoes adormecem em um sono profundo na escuridao debaixo da pedra. Eles não se apresentarão enquanto os Primogênitos nao tiverem surgido.

"Mas quando chegar a hora, eu os despertarei, e eles serão como filhos teus; e muitas vezes haverá discórdia entre os teus e os meus, os filhos de minha adoção e os filhos de minha escolha." diz Ilúvatar. Então Aulë pegou os Sete Pais dos Anões e os levou para descansar em locais bem afastados; voltou em seguida a Valinor e esperou os longos anos transcorrerem.

Aulë manteve segredo de todos os Valar, menos de Yavanna.
Yavanna, ao saber dos feitos do Valar, fica preocupada, pois os anões podem ser uma ameaça impiedosa para a natureza e para as coisas que ela ama, eles escavarao a terra e nao darão atençao ao que cresce e vive sobre ela. Aulë explica que isto será a mesma coisa que os Filhos de Ilúvatar, pois eles irão comer e construir, e acredita que eles serão gratos e respeitosos por todas criações de Yavanna e Ilúvatar...

Porém Yavanna não se conforma, ela acredita que Melkor pode corromper os corações duros dos Anões. Se sentindo ameaçada, ela vai de encontro a Manwë. Yavanna não revela o segredo de Aulë, porém questiona:
 - Rei de Arda, é verdade, como Aulë me disse, que os Filhos, quando vierem, dominarão todo o fruto de meu trabalho, com o direito de fazer dele o que quiserem?
Manwë afirma que sim.
Yavanna inconformada, com seu coração apreensivo, tenta convencer Manwë a ver o valor de suas obras "Todas as minhas obras me são caras. Não basta que Melkor já tenha destruído tantas? Será que nada do que inventei ficará livre do domínio alheio?"

Manwë pergunta a Yavanna o que ela preservaria de todo o reino, e o que lhe custava mais caro. Ela rebate, dizendo que tudo tem seu valor e que cada um contribui com os outros a partir de seus proprios propositos... Porém, os kelvar(animais/seres vivos que se movem) podem fugir e se defender, enquanto os olvar(coisas que crescem com raizes na terra), não.

"E entre estes, prezo mais as árvores." -Yavanna completa.

Embora as arvores tenham crescimento demorado, a sua derrubada é veloz! E, a menos que paguem o imposto dos frutos nos galhos, pouca tristeza despertam quando morrem. É assim que Yavanna ver em seus pensamentos. Quisera tanto que as árvores falassem em defesa de todos os seres que tem raizes, e castigassem aqueles que lhes fizessem mal!!!

Estranho esse seu pensamento – disse Manwë.
Contudo, já estava na Canção – disse Yavanna. - Pois, enquanto estavas nos céus e com
Ulmo criavas as nuvens e derramavas as chuvas, eu erguia os galhos das grandes árvores para recebê-las, e algumas cantaram a Ilúvatar em meio ao vento e à chuva.
Manwë percebe que as vontades de Yavanna estavam explicitas desde a música dos Ainur.
Ilúvatar deu a Manwë uma nova visão de coisas novas e duradouras, no qual ainda estavam ocultas.

O Vala, depois da visão que tivera, conta a Yavanna o que Ilúvatar lhe dissera, em que um tipo de ser, com espíritos enviados pelo próprio Eru, serão reverenciados e temidos pelos Primogênitos em seu apogeu e na juventude dos Humanos, e eles residirão entre Kelvar e Olvar.

Manwë promete que as Águias do Rei,  as maiores aves da Terra-média, irão voar pelos céus antes do despertar dos Filhos de Ilúvatar.

Alegrou-se então Yavanna, e ela se levantou, com os braços esticados para os céus, e disse: -
"Altas hão de subir as árvores de Kementári para que as Águias do Rei façam sua morada nelas!"

Manwë, entretanto, diz que apenas as árvores de Aulë serão altas o suficiente, e nas montanhas as aguias hao de fazer sua morada e ouvirao as vozes dos que chamam pelos Valar.  E nas florestas, caminharão os Pastores das Árvores -  (os Ents).

Yavanna vai de encontro a Aulë e diz:
 - Eru é generoso – disse ela – Mas teus filhos que se cuidem! Pois caminhará pelas florestas uma força, cuja ira eles despertarão por seu próprio risco.
- Mesmo assim, eles precisarão de madeira – disse Aulë, e continuou seu trabalho de ferreiro.

Um comentário:

Hey! Me deixa um comentário, pode ser no anonimo.
Obrigada pela visita! ^^

♥ ♡ ♩♫♭♪♬ (∩˃o˂∩) (≧∇≦) ~ヾ(^∇^) (ノಠ益ಠ)ノ彡┻━┻ ┬──┬ ノ( ゜-゜ノ) ಠ_ಠ ( ̄。 ̄)~zzz ʘ‿ʘ ಥ⌣ಥ (づ。◕‿‿◕。)づ ヽ(゜∇゜)ノ∑(゜Д゜;) (´・ω・`)( ;´Д`)┐(‘~`;)┌ ( ゚д゚) ☜(⌒▽⌒)☞ (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧ ( ・_・)ノ⌒●~* ヽ(*´∀`)人(´∀`*)ノ (`・ω・´)9 (;一_一) ( ̄▽ ̄) ( ͡° ͜ʖ ͡°) (◡﹏◡✿) (⊙﹏⊙✿) (◕﹏◕✿) (◕‿◕✿) (◕︿◕✿) (◡‿◡✿) (⊙‿⊙✿) (⊙︿⊙✿) (⊙△⊙✿) (◡△◡✿) (◕△◕✿) (◠△◠✿) (◕ω◕✿) (⊙ω⊙✿) (◡ω◡✿) (◠ω◠✿) (◠︿◠✿) (◠﹏◠✿) (◠‿◠✿) ★~(◡‿◡✿) ★~(◠‿◕✿) (◡△◡✿) (ノ◕ヮ◕)ノ (ノ◕ω◕)ノ ヽ(゜∇゜)ノ (´・ω・`) ∩(︶▽︶)∩ ( ´ ▽ ` )ノ (・∀・ ) ( ̄(エ) ̄) (✪㉨✪)(╹ェ╹)╮(─▽─)╭ (•⊙ω⊙•) ( ´∀`)☆ (≧ω≦) ( ^▽^ ) (✿◠‿◠) (◡‿◡✿) (◕‿◕✿) (≧◡≦) (¬_¬) (◑‿◐) ✖‿✖ (╥_╥) (╯3╰) (¬‿¬)
(∪ ◡ ∪) (≧ω≦) o(≧o≦)o (─‿‿─) (︶︹︺) (∩︵∩) (。◕‿◕。) (~ ̄▽ ̄)~ (︶ω︶)